quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O caminho do amor


Tenho pensado muito a respeito do amor.
Em meus pensamentos, as vezes originados por associações a relacionamentos, outras vezes enxergando-o como uma energia oposta ao medo, tenho fragmentado este nobre sentimento em diversas lâminas dele mesmo.
As vezes o enxergo como um meio da satisfação pessoal, através do qual nos realizamos e nos sentimos preenchidos.
Ao não encontrar isso hoje em minha vida admito que me desespero, e este desespero me faz rapidamente transferir o amor para algo fraternal, ligando-o a pessoas queridas do meu relacionamento.
Quando chego neste ponto, elevo o amor a um desejo profundo de que todos os seres sejam felizes, que enxerguem a fagulha de Deus que existe dentro de cada um de nós... E decido amar a todos os seres do universo e me ver como um ser de luz, porta do divino, canal desta luz de verdade que existe e transborda mas na maioria das vezes não somos capazes de enxergar.
E o mais curioso é a sensação que me absorve em seguida a toda esta epifania.
Sinto-me totalmente só. Sinto-me burra, cega e errada, incapaz de acreditar que um ser tão iluminado possa ser também barreira para qualquer relacionamento profundo e verdadeiro com quem quer que seja.
Ora, cá estou eu novamente em minha dualidade infantil, dura, imatura e cruel, julgando e condenando a minha própria incompletude no caminho da evolução.
Quando é que serei capaz de entender, aceitar e colocar em pratica a realidade de que o caminho para enfrentamento do medo, que é o oposto do amor, é a aceitação???
Quando abandonarei a postura dissociativa da crítica que nada me agrega a não ser mais tristeza e medo?
Quando é que serei capaz de reconhecer todo o meu valor, meu aprendizado, minha caminhada, minha luz, também e justamente por isso acolhendo meus medos, dores, frustrações e erros com compaixão e perdão?
Quando é que eu poderei ser boa ao ponto de ser ruim? Ruim ao ponto de ser boa?

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